Vitória pode se tornar uma das primeiras cidades a impor ordem ao surto de reborns em hospitais
A Câmara Municipal de Vitória (CMV) analisa um Projeto de Lei (PL) que proíbe qualquer atendimento médico-hospitalar a esses bonecos, sejam em unidades públicas ou privadas. A proposta, de autoria do vereador Armandinho Fontoura, do PL, pretende conter o que ele classifica como um “surto de histeria coletiva” que vem ganhando corpo nas redes sociais. Fontoura cita como exemplo os vídeos virais que mostram adultos levando os bonecos a consultas pediátricas e até para internações simuladas. “Estamos vivendo um surto de histeria coletiva. A romantização de bonecos como se fossem seres humanos está ultrapassando o limite do aceitável. Quando isso começa a ocupar vaga em hospital e a desrespeitar profissionais da saúde, vira um problema de saúde pública, não de afeto”, afirma o vereador. O parlamentar destaca a necessidade do município de Vitória se juntar a um movimento nacional que começa a reagir ao fenômeno com medidas concretas. “Vitória se posiciona com coragem ao apresentar um projeto de lei contra esse absurdo. Precisamos respeitar as vidas de verdade, as crianças reais que dependem do sistema de saúde. Hospital não é lugar de fantasia”.

De acordo com a proposta, as unidades que realizarem esse tipo de atendimento serão advertidas formalmente, contudo, em caso de reincidência, poderão ser multadas em até R$ 10 mil. Além disso, médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde envolvidos poderão ser denunciados aos seus respectivos conselhos de classe. “Estamos assistindo ao completo desvirtuamento do sistema de saúde. Médicos estão sendo coagidos e até agredidos por se recusarem a atender bonecos. É surreal. Saúde pública é para gente de verdade, para quem precisa”, declara Armandinho. Além da proibição do atendimento, o parlamentar apresentou um segundo projeto criando um programa de saúde mental voltado a pessoas que se identificam como pais ou mães dos bebês reborn. O programa prevê acompanhamento psicológico e ações voltadas à reintegração à realidade. “O reborn pode ter uso terapêutico. Mas quando o apego passa a exigir vagas em hospital ou consulta com pediatra, já virou transtorno. O sistema de saúde não é palco para fantasia”, critica.
Vitória pode se tornar uma das primeiras cidades a impor ordem ao surto de reborns em hospitais – Foto: divulgação
Com informações EsBrasil
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